segunda-feira, 28 de janeiro de 2013


A PSICOPEDAGOGIA E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

O grande objetivo da Psicopedagogia é facilitar o processo de aprendizagem, não apenas no âmbito escolar, mas em todos os contextos que envolvem o indivíduo, seja no contexto cognitivo, emocional ou social. O papel do Psicopedagogo consiste em desenvolver um trabalho terapêutico centrado na aprendizagem, elaborando diagnósticos e intervenções específicas para cada situação.
A intervenção psicopedagógica promove a motivação para a aprendizagem, promove a autoestima e o autoconceito com o objetivo de reintegrar o indivíduo numa vivência escolar e social adequada.
Hoje, pais e professores deparam-se facilmente com Problemas de Aprendizagem e o trabalho do psicopedagogo na prevenção e diagnóstico, revela-se de grande importância, escutando, observando e intervindo de forma diferente a cada individuo! Nesse sentido, qualquer que seja a dificuldade do aluno em aprender, o Psicopedagogo é o profissional indicado!



PSICOPEDAGOGIA REGULAMENTAÇÃO JÁ


domingo, 13 de janeiro de 2013

A VIDA É BELA!


LIVROS PARA LER








UM ESPAÇO DE VIVÊNCIA E REFLEXÃO DO SABER PSICOPEDAGOGICO



PSICOPEDAGOGIA. SALA DE RECURSOS. UM ESPAÇO DE VIVÊNCIA E REFLEXÃO DO SABER PSICOPEDAGÓGICO.

Todo ser humano constitui-se como sujeito aprendente, tendo em vista os modelos relacionais estabelecidos no decorrer de sua história, aprendendo um caráter único e dinâmico, formando a partir das dimensões afetivas e cognitivas que lhe atravessaram ao longo de suas experiências com o outro. Dessa maneira, pode-se pensar que o sujeito é constituído por diferentes aspectos como: aprendizagens anteriores, ou seja, conhecimentos já interiorizados, habilidades que possui, hábitos adquiridos, motivações presentes, funcionamento cognitivo, curiosidade pelo mundo que o cerca, experiências culturais e sociais em que o sujeito está envolvido.
De acordo com Vigotsky (1991), o ser humano se constitui na relação com o outro social, entendendo que a cultura se torna parte da natureza humana num processo histórico que, ao longo do desenvolvimento da espécie e do indivíduo, molda o funcionamento do homem.
Dessa maneira, compreende-se que toda aprendizagem inicia em casa, em meio à família e de maneira informal, mas extremamente marcante, para todo o processo de aquisição de conhecimento que se seguirá para toda vida. Depois, a criança amplia seu círculo social, ao ingressar na escola, e é nesse momento que se depara com diferentes modos de ser e agir, bem como de aprender, o que leva, muitas vezes, o sujeito encontrar barreiras em seu processo de construção do conhecimento.
A criança é um ser social que nasce com capacidade efetivas, emocionais e cognitivas. Para se desenvolver, precisa aprender com os outros, por meio dos vínculos que estabelece, pois a aprendizagem se dá na troca com o outro, compartilhando suas dúvidas, certezas, expressando suas ansiedades ou apenas comunicando suas descobertas.
Portanto, conforme Porto (2006, p.39)
A aprendizagem é uma construção singular que o sujeito vai realizando segundo o seu saber, transformando informação em conhecimento, deixando sua marca como autor. A aprendizagem constitui-se em um processo, uma função, que vai além da aprendizagem escolar e que não se circunscreve e exclusivamente à criança.

A ação da Psicopedagogia na Instituição Escolar.
O que constitui a identidade da Psicopedagogia é o estudo e a intervenção dos processos de aprendizagem e define como objeto central da ação do psicopedagogo o resgate e a identificação com o conhecimento, com o prazer e a possibilidade de aprender.
Dessa forma conforma Macedo (apud SCOZ, 1991, p.12:
Uma nova área não surge por acaso {...} representa o preenchimento de um vazio construído e determinado e incessante é o mesmo que anima todas as outras {...} contribui individual e coletivamente para uma vida{...} menos injusta, mais saudável.
Na tentativa de refletir sobre as questões ligadas às aprendizagens é que foi surgindo o espaço para um trabalho psicopedagógico na instituição escolar, espaço esse deixado pelos especialistas em educação e pela psicologia escolar, preocupados apenas com os campos restritos de atuação, deixando de lado questões mais amplas sobre a construção de conhecimento na escola.
Assim, a ação da Psicopedagogia institucional busca a ressignificação das relações de aprendizagem na escola e o resgate da identidade da instituição com o conhecimento, tendo como foco a prevenção das dificuldades de aprendizagem, resgatando o prazer de aprender.
Esses aspectos fazem pensar como a escola está estruturada hoje e para quem ela serve, pois o contexto educacional brasileiro traz marca do fracasso escolar, principalmente nas classes sociais mais desfavorecidas.
Neste sentido, a Psicopedagogia tem um compromisso social, uma vez que seu campo conceitual vem proporcionar uma nova possibilidade para que a escola reverta esse fracasso, pois aponta uma visão interdisciplinar que se constrói a partir do estudo dos atos de aprender e de ensinar, pensados em conjunto, considerando a realidade interna de cada sujeito quanto à realidade externa.
Para Bossa (2000), o trabalho psicopedagógico institucional, na sua função preventiva, visa a detectar possíveis perturbações no processo de aprendizagem, investigar questões metodológicas, auxiliando o professor a perceber que nem  sempre a sua maneira de ensinar é apropriada à forma de  o aluno aprender, além de colaborar na elaboração do projeto pedagógico e orientar os professores no acompanhamento do aluno com dificuldade de aprendizagem, contribuindo para que a escola acompanhe o desenvolvimento da humanidade e se constitua num verdadeiro espaço de construção de conhecimento.
Segundo Escort (2001), o psicopedagogo institucional, através de uma fundamentação teórica consistente e de uma elaboração criteriosa de um diagnóstico, poderá instrumentalizar os educadores na criação de novos fazeres pedagógicos. Esse trabalho de construção consiste na leitura e na releitura do processo de aprendizagem e do processo de não aprendizagem, bem como aplicabilidade e os conceitos teóricos que lhe dêem novos contornos e significados, gerando práticas mais consistentes e contribuindo para que o professor resgate o seu desejo de aprender, em um jogo de troca de quem ensina e de quem aprende, pois é o desejo que nos marca como seres humanos.
Talvez esse novo olhar que a Psicopedagogia lança sobre a instituição escolar, contribuindo para uma postura mais investigativa em relação às questões do aprender e do não aprender, permitirá ao educador redimensionar a sua prática, garantindo a aprendizagem e minimizando o fracasso escolar.
Portanto, a presença do psicopedagogo na instituição não é inócua, pois nela se produzam fantasias de mais diversas. Alguns percebem a sua presença como um colaborador, para outros, é apenas mais uma exigência da escola; outros o enxergam como uma figura que vem julgar o trabalho docente, pois, para Butelman (1998) “esse saber oculto que por momentos é adjudicado ao psicopedagogo pode promover, em algumas pessoas, a fantasia de que este soluciona magicamente os problemas, sem que o docente assuma a responsabilidade que tem frente a seu grupo”.
Para que isso não ocorra, é necessário que haja um enquadramento de trabalho claro, objetivando as funções do psicopedagogo, o que facilitará a sua inserção na instituição escolar, percebendo os mandatos místicos que transitam entre ensinantes e aprendentes. Este é um dos grandes desafios da Psicopedagogia, construir diferentes saberes, que possam ser socializados, a partir da escuta e do olhar dos processos de ensino e de aprendizagem.

Bibliografia.

Percursos Psicopedagógicos: entre o saber e o fazer. Sandra Difini Kopzinski .  Rio Grande do Sul. 2010.



sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

RELAÇÃO INTELIGENCIA E A APRENDIZAGEM

QUAL A RELAÇÃO ENTRE A INTELIGÊNCIA E A APRENDIZAGEM.

Por muito tempo, acreditou-se que todo processo de ensino se fixava na figura do professor. Essa visão fez com que o ensino ganhasse autonomia sobre a aprendizagem e elguns "métodos" de ensino passassem a ser usados indistintamente, como se sus eficiência garantisse a aprendizagem de todos. Essa concepção, atualmente, está inteiramente superada.

Hoje, a visão é contrária: percebe-se a impotância da associação da eficiência do ensino com a compreensão de como se processa a aprendizagem, e descobre-se que, sem a aprendizagem, o ensino não se consuma. Essa posição ressalta o valor da perspectiva construtivista da aprendizagem e redefine o papel do professor, não mais um informador que, detendo o conhecimento, transmite-o aos alunos, mas um afetivo colaborador desse aluno, que leva este último a tomar consciência das necessidades postas pelo social na construção de seus conhecimentos com base no que já conhece. Em síntese, o papel do novo professor é o de usar a perspectiva de como se dá a aprendizagem, para que, usando a ferramenta dos conteúdos postos pelo ambiente e pelo meio social, estimule as diferentes inteligências de seus alunos e os leve a se tornarem aptos a resolver problemas ou, quem sabe, criar "produtos" válidos para seu tempo e sua cultura.

Essa redefinição do papel do educador traduz uma certeza e desperta uma angústia. A certeza é de que sua função social, muito mais do que antes,é primordial para a humanidade e que sua missão se identifica com garantia da construção de um homem melhor e, portanto, de um mundo mais digno.
A angústia é indagar se, não tendo todas as suas inteligências devidamente estimuladas, ele será capaz de se transformar em um estimulador de múltiplas inteligências.Essa angústia parece não ser estruturalmente diferente da vivida por Sócrates há 25 séculos, quando lembrava que a "pedra de afiar não cortava", talvez sugerindo que a limitação do exercício de determinadas habilidades não impede que o professor possa se transformar em um estimulador dessas habilidades.

Particulamente,sentimos que, quando o professor acreditar nas múltiplas inteligências e em sua habilidade em motivá-las, ele se descobre um extraordinário estimulador de habilidades em seus alunos. É evidente que o professor não pode confiar cegamente em sua intuição, é mais que essencial que estude e que aprenda, que pratique e que divulgue seus experimentos, que tenha um espírito anlítico para acompanhá-los e para anotar a prograssão de seus resultados e que, principalmente, saiba que as modificações no estímulo das intelegências múltiplas só é viável com a inclusão de um programa para sua estimulação, que não dará resultado com experimentos isolados e meramente circunstanciais.

Celso Antunes. As inteligências múltiplas e seus estímulos. 17ª edição 2011.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

FIDELIDADE -VINICIUS DE MORAIS



Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento E em
seu louvor hei de espalhar meu canto E rir
meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar
ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive) Que
não seja imortal, posto que é chama Mas que
seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes.



Ivani Fazenda Interdisciplinaridade



HUMILDADE



Humildade é conhecer os próprios limites. Aceitar que sabe algo de modo imperfeito, incompleto, que, a qualquer momento, pode ser questionado, reformulado e mesmo superado.
E, nessa atitude, estar sempre à procura de novos elementos para reforçar, esclarecer o que se julga saber. Encontrando-os, ter a coragem de cotejá-los, incorporá-los, mesmo que isso signifique ter que abandonar a satisfação e a segurança pessoal. Aceitar que o outro, embora pareça simples e ignorante, também sabe algo. Que todos podem sempre, de alguma forma, contribuir para enriquecer o conhecimento. Que se aprende com o aluno, com o colega, com o dito leigo na matéria. A humildade facilita o conhecimento, uma vez que este não tem fronteiras sagradas, zonas obscuras. A pesquisa, a aprendizagem sempre apontam para todos os lados, no espaço e no tempo. Quando alguém julga que aprendeu é porque não aprendeu nada, está ainda começando, pois sequer sabe que não sabe. O verdadeiro sábio, o humilde aprendiz é aquele que, tendo feito tudo o que julga necessário e pertinente, é capaz de dizer, parafraseando o Evangelho: Sou um servo inútil. E até mais, como diziam os latinos: Fiz o que pude. Façam mais e melhor os que puderem.



MUDANÇA.

Segundo Gusdorf (1967), a mudança é o motor da transformação do homem: ao tomar consciência de sua situação na sociedade e no tempo, descobre exigências fundamentais de sua existência e, ao obedecer, conformar-se ou submeter-se, acaba por negar o seu direito à escolha, ao exercício da vontade própria. Mudar não é deixar-se levar como um navio à deriva: é se autogovernar em meio às circunstâncias, às tempestades, exercitando, de forma consciente, as possibilidades. A força da verdadeira mudança não exclui fragilidade. Todo homem tem seus pontos fracos, e percebê-los representa a possibilidade de superação. Neste sentido, o impulso necessário a qualquer processo de mudança não é exterior ao homem, mas está nele, levando-o a superar os seus limites. Nesse processo, a tomada de consciência e o respeito aos valores éticos passam a ser referências para o restabelecimento do equilíbrio comprometido. Mudar significa (re) visão de atitude e posicionamento perante o mundo e a realidade, passagem, um movimento, entre um velho que se extingue e um novo que, gradativamente, adquire forma. Esse movimento carrega em si duas forças antagônicas, uma que busca a realização e outra que reafirma os valores construídos e, por isso, persiste...



Mudança e prática pedagógica.

O constante movimento de (re)estruturação é inerente à condição humana. Nele se alteram a harmonia e o conflito, a dinâmica e a estática, a convivência e o isolamento, a ação e a inércia. Assumir uma atitude frente à mudança é ter consciência de que esse processo se inicia com a busca do eu interior para, a partir dele, compreender o mundo exterior. É estar aberto frente ao desconhecido, ao inesperado e ao imprevisível.

Mais do que grandes inovações, mudar é construir um trabalho coerente com a realidade e as necessidades dos alunos, numa época marcada por grandes contradições, de apelo ao uso de novas e sofisticadas tecnologias. A mudança pode ter início em situações mais simples, nem por isso menos importantes.

Ampliar as possibilidades de entendimento entre as pessoas, (re)introduzir valores como ética e respeito ao outro, ao diferente podem representar o (re)início de um novo tempo. (Re)introduzir a dimensão do prazer, do resgate da auto-estima pode se constituir verdadeiros detonadores de processos de mudança. Neste sentido, as escolas devem se tornar espaços fascinantes para o aluno aí levar, a cada dia, suas curiosidades e daí retornar com novas descobertas e possibilidades. Se, no entanto, suas indagações ficam sem respostas e suas esperanças se desfazem, como esperar ações capazes de gerar mudanças, de transformar a realidade?

Para Paulo Freire, não

"é possível pensar em transformar o mundo sem sonho, sem utopia ou sem projeto (...). Os sonhos são projetos pelos quais se luta. Sua realização não se verifica facilmente, sem obstáculos. Implica, pelo contrário, avanços, recuos, marchas, às vezes demoradas" (2000: 54).


Dicionário em construção : interdisciplinaridade / Ivani C. A.
Fazenda (org.). - 2. ed. - São Paulo : Cortez, 2002

Para uma Pedagogia do Afeto.



Para uma Pedagogia do Afeto.

O alimento ideal para o desenvolvimento do ser humano é o afeto. Sem ele o homem poderá desenvolver neuroses, tornar-se psicótico, apresentar retardamento mental e até morrer. Mesmo assim, ainda hoje a educação vem ignorando esse aspecto essencial ao ser humano, como se para aprender pudéssemos prescindir do afeto, do desejo, da emoção. É como se a aprendizagem fosse algo restrito a sala de aula.

Aprender é condição característica e indispensável à sobrevivência da espécie humana; é, portanto, um ato de vida. Mas em nome de um sujeito epistêmico estudado por Piaget e adotado pela educação, esqueceu-se do particular, daquele sujeito que, ao ser concebido, já é fruto do desejo do outro e que receberá junto com seu nome os sonhos, as fantasias e esperanças desse outro.

A Psicanálise surge, então, como uma possibilidade para resgatar a função do desejo na aprendizagem mostrando caminhos, para aqueles que não aprendem ou não ensinam, sinalizados pela estrela interior de cada um, pois desejo vem da raiz sid que significa estrela. Seguir o desejo é pois seguir a estrela, estar orientado, seguir aprendendo pela vida. Deve-se promover a aprendizagem plena, prazerosa, erotizada pelo desejo de conhecer.

(Márcia Siqueira de Andrade)