terça-feira, 8 de outubro de 2013

EDUCAÇÃO PERMANENTE E EDUCADORA..



É evidente que, apesar da clara diferenciação dos processos de instrução e educação, ambos estão interligados. Não poderia existir um professor ou instrutor que, simultaneamente ao trabalho de transmissão de conhecimentos, não estivesse influenciado decisivamente a formação da personalidade, educando ou “deseducando”.
Educar seria fazer com que o indivíduo chegue a pensar por si mesmo, fazer com que consiga identificar e compreender sua verdade, mesmo que isto implique a correção ou rejeição das próprias conclusões. A figura do educador, dentro do contexto de “educação permanente”, não é tão clara estritamente delimitada. Quem educa está sendo submetido, ao mesmo tempo, a um processo de educação (ou reeducação): e isto só é possível quando a educação se define como um acompanhamento cordial, de imenso respeito e delicadeza, para que o educando consiga sua libertação pessoal, vivendo intensamente e avaliando eficientemente suas próprias experiências. Daí a necessidade de ativar a inteligência do educando em função e na direção específica da constatação, análise, avaliação e crítica, para que não aceite tudo o que lhe é transmitido pelos outros ou percebido por ele mesmo ao seu redor.
Assim será possível formar indivíduos plenamente conscientes da sua atuação na realidade, das suas limitações e dos seus deveres na convivência com outros seres humanos.
Isto seria, em síntese, o que entendemos  por “educação libertadora”.

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