terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A CONCEPÇÃO DA DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NA ATUALIDADE



A CONCEPÇÃO DA DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NA ATUALIDADE

Laura Monte Serrat Barbosa*
Estamos vivendo num mundo multifacetado, ao mesmo tempo em que globalizado; instantâneo em alguns aspectos e moroso em outros; que provoca o consumo desenfreado e que se consome por consumir demais ou por não poder consumir o mínimo necessário para manter a dignidade; descartável na relação com os objetos e afetos, ao mesmo tempo em que conservador de princípios já ultrapassados, com dificuldades para efetivar as mudanças. Diante das contradições existentes, temos a possibilidade de escolher somente um dos pólos da contradição para valorizar, ou considerar a dimensão dialética para superá-la.

Destas possibilidades decorrem diferentes compreensões de mundo, de pessoa, de educação, de aprendizagem e de dificuldade de aprendizagem. Temos, portanto, distintas formas de conceber as dificuldades de aprendizagem e de lidar com elas coexistindo no cotidiano. Aqueles que optam por analisar o mundo numa relação de causa e efeito podem entender a dificuldade de aprendizagem como algo oposto à aprendizagem e, portanto, como elemento que precisa ser adequado, recuperado, curado, protegido ou eliminado. Se trouxermos de volta as oposições que apresentamos no início do texto, podemos pensar que a visão multifacetada, que se opõe à globalizada, faz com que entendamos a importância de cada faceta, sua individualidade, sua especificidade; já a visão globalizada destaca a importância do todo, do que é comum a este todo, do que é esperado nas etapas da vida, nas circunstâncias semelhantes e no enfrentamento dos conflitos.

Ao pensarmos a dificuldade de aprendizagem numa visão multifacetada, podemos compreender o aprendiz e suas dificuldades, acompanhar seu ritmo, permitir que desenvolva suas facilidades e oferecer-lhe o tempo de que necessita para aprender. As várias facetas do seu desenvolvimento são consideradas, e a dificuldade não é supervalorizada nem para discriminá-lo, nem para desenvolvê-lo.

Por outro lado, a visão globalizada possibilita uma outra interpretação. A valorização do todo, das semelhanças, e do aspecto geral faz saltar aos nossos olhos aquilo que é diferente e, por isso, temos a necessidade de deixar igual o diferente. A dificuldade de aprendizagem é logo percebida e precisa ser dizimada, eliminada e, para tal, não se economizam esforços. Classes especiais, programas de reforço escolar, contra-turnos, consultórios de especialistas, medicamentos, receitas prontas para lidar com problemas específicos foram as saídas encontradas pelo ser humano, ao longo da história, para conseguir conviver com as diferenças. Como é difícil admitirmos que, embora sejamos iguais, da mesma espécie humana, somos diferentes como pessoas, como profissionais e como partes de uma determinada cultura.

No que se refere à oposição instantaneidade e morosidade, podemos perguntar: por que as soluções de alguns problemas humanos não podem surgir com a mesma rapidez com a qual se atualiza a informática? O mundo do instantâneo espera que as crianças amadureçam bem antes do esperado em outras épocas. Crianças de nove anos, por exemplo, já são consideradas mocinhas para brincar de bonecas; crianças de três anos são ridicularizadas ao fazerem de conta que a colher é um avião; pais e mães não brincam com seus filhos por sentirem que sua missão é promover o crescimento e não os infantilizar através de jogos e brincadeiras que não tenham a intenção educativa.

O apelo é ficar adulto logo; é usar salto alto aos dois anos de idade; é saber contar, operar, ler e escrever, de preferência, aos quatro anos; é dirigir veículos urbanos e rurais desde muito cedo; é escolher seus representantes políticos já aos 16 anos; é engravidar aos 13 anos; e é morrer, muitas vezes, aos 22 anos.

Ter filhos gênios é o sonho de consumo das famílias que integram a instantaneidade no seu ritmo de vida. Crianças bem estimuladas são vistas como superdotadas e aceleradas na sua escolaridade. Os filhos transformam-se em verdadeiros executivos e não aprendem a brincar, a utilizar o tempo livre sem lição, sem “Kumon”, sem a competição da natação e sem a pressa de ter que ficar pronto porque já está na hora.

Desta forma, a dificuldade de aprendizagem, numa visão instantânea de aprendizagem, é a falta de precocidade dos aprendizes. Se, aos quatro anos, a criança não sabe ler, muitos pais e muitas escolas preocupam-se e buscam o especialista; se com sete anos a criança troca letras, ou espelha, o alerta vermelho dispara, e a “dislexia” passa a ser um fantasma a pairar sobre o seu desenvolvimento. O ritmo é, muitas vezes, tão intenso que as crianças, e mesmo os adolescentes, fazem sintomas físicos como úlcera, estresse, enxaqueca, alergias e outros.

Por certo, a instantaneidade do mundo e toda a tecnologia que já desenvolvemos ajudam a acelerar aprendizagens, e os aprendizes aprendem cada vez mais cedo. Porém, considerar portador de dificuldade de aprendizagem alguém que não teve acesso à determinada experiência e, por isso, ainda não identifica seu nome aos quatro anos, por exemplo, é descabido; rapidamente faz com que a gente transforme o mundo num grande hospital.

Por outro lado, a morosidade para transformar e ou para superar princípios historicamente ultrapassados imprime na visão de aprendizagem e de dificuldade de aprendizagem outros matizes e tem como consequência ações distinta da aceleração constante.

Embora o mundo questione as escolas que ensinam através de aulas expositivas o tempo todo, ainda não conseguimos romper com este conceito de “dar aulas”. Toda a instantaneidade do mundo não dá conta de agilizar esta mudança, tão necessária, nos quadros de ensino/aprendizagem existentes. Além das metodologias, outros princípios que já deveriam estar transformados, como a avaliação, por exemplo, ainda constituem uma pedra no sapato de educadores e educadoras. A escolha dos conteúdos a serem trabalhados ainda é um pesadelo para muitos. Segue-se a proposta curricular? Parte-se dos fenômenos naturais e sociais que acontecem? Atende-se os interesses dos alunos? Quais os conhecimentos historicamente construídos que são importantes de serem trabalhados na escola?

Acreditamos que existe uma certa morosidade na área da Educação Escolar que a afasta cada vez mais da roda viva, que gira cada vez mais rápido. Por um lado, isto é bom, pois se a escola tiver um outro ritmo pode manter ainda viva a capacidade de reflexão sobre os acontecimentos e os conhecimentos; por outro lado, este descompasso pode gerar um afastamento do interesse do aprendiz que aprende com tanta rapidez e facilidade nas situações extra-escolares.

A escola que não se disponibiliza mudar ações e concepções, que morosamente caminha em direção ao novo tem a visão de que aprender é reter na memória conhecimentos, recitar a cartilha do professor, como nas cantilenas recitadas muitos anos antes de Cristo. Reproduzir é a palavra de ordem para, no pretenso final da linha, passar no vestibular.

Dificuldade de aprendizagem, no entanto, está ligada à falta de memória, de atenção, de concentração e de reprodução. Não importa o quanto a criança saiba do assunto por outras vias, se não consegue escrever sobre ele, se sua letra é feia, se não lembra do nome estranho de um osso, se não consegue ficar sentada durante duas horas seguidas, independente de sua idade, ela tem problemas e precisa ser rapidamente encaminhada e medicada.

A idéia é, ainda, a de que crianças que aprendem tiram notas ótimas, sabem o conteúdo na ponta da língua, são caprichosas, têm letra bonita e comportam-se de forma adequada. Tudo o que fugir a este padrão milenar de aprendiz é considerado desvio e, portanto, precisa de um tratamento, de preferência fora da escola.

Outra contradição a que nos referimos é a questão do consumo e do não consumo, do consumir e do ser consumido. Conceitos e ações decorrentes do mundo capitalista chegam também a intervir no processo de aprendizagem e na concepção de dificuldade de aprendizagem. O produto a ser consumido, no nosso caso, é o conhecimento; por isto, empresas precisam apressar-se e produzir belas embalagens que contenham o conhecimento a ser consumido, de forma atraente e resumida.

Vender conhecimento passou a ser um excelente negócio na atualidade e é preciso quem o consuma. Comprar apostila, mesmo que ela não seja utilizada na íntegra, é uma proposta das escolas, para os pais. Os pais consomem apostilas ou livros didáticos, fabricados em séries, globalizadores de opiniões; as escolas menores consomem materiais produzidos pelas escolas maiores, como se estivessem adotando uma metodologia comum, expressas nas placas que ostentam em suas fachadas; os alunos consomem o conhecimento acompanhado de muitas fotos, cores e bastante resumido; consomem também conhecimentos recortados do original e sem a indicação adequada.

O ciclo do consumo faz com que os conhecimentos originais, a história do saber na humanidade, as culturas locais de todo o mundo, as discussões e reflexões sobre assuntos atuais e fenômenos sociais que nos inquietam fiquem obnubilados. Já vi muitos professores que gostariam de trabalhar um determinado conteúdo, emergente na sociedade, e não o fazem por não estar previsto no material do aluno. Sua opção de não trabalhar o referido conteúdo é devido à impossibilidade de vencer o que está previsto no material, de ter que deixar em branco algumas folhas que não foram trabalhadas e de dar uma justificativa que seja aceita pelos pais e mães.

Portanto, a visão de aprendizagem fica atrelada a um determinado produto e não pode desviar-se dele, nem para conhecer outros saberes que não foram selecionados, mas que possibilitariam aprendizagens significativas e importantes para a formação do aprendiz. Conhecer, no entanto, supõe a experimentação para que se tenha uma intimidade e adquira-se uma noção sobre algo. Remete-nos ao movimento de provar, mexer, pensar, refletir. Consumir significa fazer uso para a subsistência, gastar despender, extinguir algo que existe. Consumir o conhecimento, portanto, remete-nos apenas à praticidade de um determinado conhecimento e à rapidez com que ele passa pela vida do aprendiz, já que o movimento não leva ao desenvolvimento, e sim ao final, ao extermínio. Estuda-se para passar de ano e não para saber, aprender ou conhecer.

Neste enfoque, a dificuldade de aprendizagem está ligada à capacidade criadora, à curiosidade, à coragem de ir além do material e de negar o mesmo para fazer algo que não está previsto. Se, por exemplo, estiver previsto escrever alguma coisa sobre o que foi lido e o aprendiz preferir desenhar, isto é visto como um problema, uma incapacidade de adaptação, dificuldade de atenção ou rebeldia. A receita precisa ser seguida tal qual está concebida no manual; caso contrário, precisaremos da ajuda de um especialista.

Muitas crianças e muitos adolescentes não conseguem submeter-se a um só tipo de estímulo e não conseguem interessar-se por uma apostila ou por um livro didático apenas. É preciso permitir que eles entrem e saiam das folhas dos materiais, que eles relacionem o que aprendem com a vida, com a mídia, com o que conhecem, e não simplesmente consumam algo para poder responder corretamente. Se insistirmos com este tipo de ensino, vamos acabar por medicar as últimas mentes que apresentam a capacidade de brilhar, de se interessar, de ter curiosidade, de levantar hipóteses e de pesquisar. A doença confunde-se com a saúde, e os laboratórios provocam o consumo de remédios para que as pessoas acalmem-se e consumam o conhecimento sem muito questionar.

Esta mentalidade, decorrente da idéia de consumo, remete-nos também à idéia do descartável, já que consumir é gastar, despender, extinguir o que existe. Consome-se e joga-se fora.

Quando esta premissa está relacionada aos objetos, livramo-nos do entulho logo após o prazer que um determinado consumo proporciona e, em seguida, entulhamos algum local do planeta com objetos que não podem ser reciclados, reutilizados e re-consumidos; quando descartamos afetos, ficamos vazios logo após o consumo que aquele afeto proporcionou e entulhamos algum lugar, do nosso mundo interior, de afetos que não puderam ser reciclados e que volta e meia poderão nos incomodar; quando descartamos conhecimentos, da mesma forma ficamos vazios após um consumo exagerado. Há alunos que antes do vestibular estudam tanto, consomem tanto conhecimento, que logo após são obrigados a descartálos, já que a maior parte não é assimilada pelos esquemas de aprendizagem e nem acomodada para promover o real saber.

Este mecanismo do descartável é comparável com a bulimia, um distúrbio alimentar que faz com que o sujeito consuma alimentos de forma exagerada e depois provoque o vômito antes que esses alimentos sejam assimilados pelo organismo e traduzam-se em excesso de peso. Ora, se descartar passa a ser visto como a forma ideal de aprendizagem terá dificuldades de aprendizagem aquele que não se dispõe ao descarte, que gosta de permanecer com suas aprendizagens, que fica no conhecido e não gosta de enfrentar novas situações, principalmente porque já experimentou a dificuldade que é desfazer-se daquilo que conseguiu adquirir.

O oposto do descarte, no entanto, é o excesso de apego. O sujeito consome e não consegue desfazer-se do que consumiu; ao invés de entulhar o planeta, entulha seu próprio ambiente, não consegue jogar nada fora. Não se desfaz de afetos que incomodam, de objetos que atravancam e de conhecimentos inúteis.

A aprendizagem é vista como a absorção de todos os conhecimentos passados, sem prever a possibilidade de transformação; de todas as posições existentes frente a um determinado conflito, sem prever a possibilidade de síntese; não é vista como resultado de um movimento dialético, e sim como manutenção do antigo, sem prever que a entrada do novo promova uma outra concepção do que seja dificuldade de aprender.

Crianças e jovens que não conseguem valorizar o conhecido, que têm curtos espaços de atenção e que descartam com facilidade o que consomem são considerados doentes, hiperativos, portadores de distúrbios de atenção e de tantos outros problemas que estão ligados à incapacidade de permanecer no passado.

Neste sentido, sempre que valorizamos apenas um pólo de uma contradição, corremos o risco de transformarmos as supostas dificuldades de aprendizagens em quadros patológicos e, dentro da escola, nascem alguns desejos inconscientes: um primeiro é o de mandar todos os doentes para o hospital, já que a escola não possui o conhecimento e os remédios necessários; um segundo é o de transformar a escola num grande hospital, no qual cada doente terá uma medicação específica e será assistido 24 horas por dia para poder comportar-se como é previsto no polo oposto.

Pensar e agir dialeticamente, superando a contradição, é o desafio deste século. A aprendizagem na atualidade supõe opostos e, portanto, temos de considerar aspectos gerais e específicos, ligados à instantaneidade e à morosidade, ao consumo e ao não consumo, ao descartável e ao apego, ao saber e ao não saber, ao trabalho e ao lazer, e tantos outros.

Aprender e apresentar dificuldades com a aprendizagem fazem parte da mesma unidade dialética; é possível resolver impasses desta ordem dentro da própria escola, sem transformá-la em um grande hospital ou em casa de recuperação.

Se existirem seleções dinâmicas de conteúdos, que possam relacionar-se ao mundo atual; se existirem metodologias que deixem espaços para o trabalho grupal, para a discussão, para o exercício da curiosidade e para a reflexão; se existirem formas de avaliação que promovam o aprender e deixem de ser instrumentos de controle, certamente poderemos encarar as dificuldades com a aprendizagem como parte do processo, como elemento de reflexão e como uma outra forma de ver uma determinada situação.

Deixaremos de perceber os sujeitos como portadores de uma dificuldade de aprendizagem e os veremos como pessoas que apresentam dificuldades naquele momento, com aquela aprendizagem. Neste sentido, é muito mais fácil encontrarmos a solução na própria sala de aula. Isto é diferente de encarar a dificuldade como uma doença instalada dentro de um sujeito e, para a desinstalação, não nos considerarmos capazes, com conhecimentos necessários, como “simples” professor, professora, pai e mãe que somos.

O excesso de especialidades foi partindo o sujeito em muitos pedaços, e a escola acabou por acreditar que ela só sabe dar conta da cognição de seus alunos e suas alunas.

Com isso, não queremos dizer que não existem dificuldades de aprendizagem que fazem parte da história biológica e social das pessoas; o que afirmamos é que a escola pode lidar com estas e com a maioria das outras dificuldades de aprendizagem, sem precisar desesperar-se, sem delegar para o outro o seu papel.

Uma criança de sete anos que troca letras na escrita não precisa ser encaminhada para uma psicopedagoga ou um psicopedagogo, sem antes existir um trabalho (com toda a turma) de esclarecimento, de reflexão, de percepção das diferenças e das semelhanças de sons e formas gráficas em nossa difícil língua portuguesa; sem antes existir o exercício da concepção (por parte do professor ou da professora) de que a aprendizagem é processual, não é instantânea e as falhas fazem parte deste processo.

Uma criança que apresenta dificuldades de coordenação motora não precisa ser encaminhada para o contra-turno para exercitar sua coordenação; precisa escrever muito, na sala de aula e em casa, para desenvolver esta habilidade.

Um jovem com dificuldades de leitura precisa ler e pode receber várias funções, na sala de aula, para que possa desenvolver-se. Entretanto, só conseguimos realizar um trabalho na sala de aula se concebermos o trabalho de ensinar/aprender de forma diferenciada, e não somente no modelo expositivo/reprodutivo. Neste modelo de escola, é muito difícil trabalhar com a dificuldade de aprendizagem na sala de aula sem expor o aprendiz e sem ridicularizá-lo ou dar-lhe o rótulo de coitadinho, de não sabedor, de errado etc.

A escola capaz de trabalhar com as dificuldades no cotidiano é aquela que consegue descentrar da figura do professor o momento do aprender; é aquela que sabe trabalhar com grupos; que sabe promover o interdiscurso; que sabe compreender que os erros e as falhas fazem parte de um processo e que existem para serem superados, considerando-se tanto as especificidades dos indivíduos, quanto as exigências curriculares e as características grupais.



Referências
BARBOSA, L. M. S. O projeto de trabalho: uma forma de atuação psicopedagógica. Curitiba: Mont, 1998.

BARBOSA, L. M. S. A Psicopedagogia no âmbito da instituição escolar. Curitiba:
Expoente, 2001.

SERAFINI, A. Z. et al. A disciplina no mundo do instantâneo e as relações com as dificuldades de aprendizagem. CONGRESSO BRASILEIRO DE

PSICOPEDAGOGIA, I CONGRESSO LATINO AMERICANO DE PSICOPEDAGOGIA, 5; ENCONTRO BRASILEIRO DE PSICOPEDAGOGOS, 9. 2000, São Paulo. Livro do Congresso. Psicopedagogia – avanços teóricos e práticos. Escola, família, aprendizagem. São Paulo: Associação Brasileira de Psicopedagogia, Editora Vetor, 2000. p.484-490.

TAPSCOTT, D. Geração digital. São Paulo: Makron, 1999.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

CRIANÇAS ÍNDIGO E CRIANÇA CRISTAL.



O que é uma criança Índigo?

É uma criança que demonstra uma série de atributos psicológicos novos e pouco usuais com um padrão de comportamento nunca documentado até agora. Este padrão de comportamento tem fatores comuns únicos que sugerem a quem se relaciona com as crianças (os pais em especial), que devem mudar a forma como os tratam e criá-los para poderem ter um equilíbrio adequado. Ignorar estes novos padrões de comportamento é criar um desequilíbrio potencial e uma grande frustração na cabeça destas preciosas vidas.

Um humano equilibrado, com uma visão positiva e que transmita bem-estar, é capaz de fazer as mudanças necessárias de uma forma poderosa. Por outras palavras, até a mudança social mais drástica deve começar no interior da mente e do coração de cada pessoa.

Apresentamos as 10 das características mais comuns da Criança Índigo:

1. Vêm ao mundo com um sentimento de realeza (e frequentemente comportam-se como tal).

2. Têm a sensação de “merecer estar aqui” e surpreendem-se quando outros não compartilham esta mesma sensação.

3. A auto-estima não é, para elas, um grande tema de preocupação; com frequência dizem aos pais quem elas são).

4. Têm dificuldade em aceitar uma autoridade absoluta (sem explicação ou sem alternativas).

5. Pura e simplesmente não farão certas coisas, por exemplo: custa-lhes esperar numa fila.

6. Frustram-se com sistemas que são apenas rituais e que não requerem criatividade.

7. Muitas vezes têm formas melhores de fazer as coisas tanto em casa como na escola, o que os torna rebeldes e desintegrados de qualquer sistema.

8. Parecem muito antissociais, a menos que se encontrem entre crianças semelhantes. Se não houver outros com o mesmo nível de consciência tornam-se retraídos, sentindo que não há seres humanos que os entendam. A escola é o local onde lhes é muito difícil socializar.

9. Não respondem à disciplina de “culpa” (Espera que o teu pai chegue a casa e veja o que fizeste).

10. São tímidos em expressar o que precisam.


Agora queremos que saibam por que é que estas crianças se chamam Índigo.


São Crianças computorizadas que vêm a este mundo com uma capacidade de visualização mental do que é bom. São crianças orientadas para a tecnologia, o que significa que vamos estar adquirir mais técnica do que a que temos agora. Estas crianças, com três ou quatro anos, lidam com os computadores de uma forma que um adulto de 65 anos não poderá fazê-lo. São crianças tecnológicas – nascidas para uma tecnologia que nem somos capazes de imaginar. Creio que estas crianças estão a abrir um portal. Chegaremos a um ponto em que nada terá de ser feito, exceto nas nossas cabeças. Esse é o seu propósito. O que vejo agora é que, em alguns casos, o meio ambiente em que estas crianças se desenvolvem os bloqueou de tal maneira que, por vezes, estas crianças chegam a matar. Porém, eu crio na seguinte paradoxo: Precisamos da escuridão e precisamos da luz para escolher. Sem a possibilidade de escolher não há crescimento. Se fôssemos robots não teríamos livre-arbítrio, não teríamos poder de escolha, não haveria nada. Estou a divagar, mas estou a fazê-lo por uma razão.

Basicamente, existem quatro tipos de Crianças Índigo, cada um deles com o seu propósito.

1. O HUMANISTA

O primeiro é o Índigo Humanista, aquele que está destinado a trabalhar com as massas. São os médicos, os advogados, professores, comerciantes e políticos de amanhã. Eles servirão as massas, são muito hiperativos e extremamente sociáveis. Eles falarão com toda a gente, sempre de forma muito, muito amigável. Têm pontos de vista muito definidos, com um corpo um pouco desajeitado e muito hiperativo. Uma ou outra vez irão embater numa parede porque se esqueceram de travar. Não sabem como brincar com um brinquedo, mas irão desmontá-lo e, depois, provavelmente, não voltarão a mexer naquilo. Se você quiser que eles limpem o quarto, vai ter que os lembrar disso muitas vezes, porque são muito distraídos. Irão para o quarto e começarão a limpar até encontrarem um livro. Então, sentam-se a ler, porque são leitores incorrigíveis.

2. O CONCEITUAL

O Índigo Conceitual está mais interessado em projetos do que em pessoas. Estes serão os engenheiros, projetistas, astronautas, pilotos e militares de amanhã. São crianças muito atléticas. São controladores e a pessoa que mais tentam controlar é o pai, e as meninas a mãe. Este tipo de Índigo tem tendência para a dependência, especialmente, drogas, durante a adolescência. Os seus pais devem vigiar apertadamente os seus padrões de comportamento. Quando eles começam a esconder coisas e a dizer algo como: “não vás ao meu quarto”, chegou o momento de a mãe começar a revistar toda a casa.

3. O ARTISTA

O Índigo Artista é muito sensitivo e o seu corpo é pequeno, embora nem sempre. Estão mais inclinados para a arte, são muito criativos, e serão os professores e os artistas de amanhã. A qualquer coisa que se dediquem, sempre estarão orientados para o lado criativo. Dentro do campo da medicina, serão cirurgiões ou investigadores; nas artes, serão atores. Entre as idades de 4 a 10 anos, envolver-se-ão, pelo menos, em 15 atividades criativas. Dedicarão 5 minutos a cada uma delas e logo a abandonarão. Assim sempre digo às mães de músicos e artistas: “não comprem os instrumentos, aluguem-nos”. O Índigo Artista poderá trabalhar com 5 ou 6 instrumentos diferentes, e só na adolescência escolherá um deles, convertendo-se então num verdadeiro artista.


4. O INTERDIMENSIONAL

O quarto tipo de Índigo é o Interdimensional. São mais altos do que os outros tipos. Quando têm um ou dois anos de idade, já você poderá dizer-lhes qualquer coisa, e eles responderão: Sim, já sabia ou sim, sou capaz de fazer. “Ou não me aborreças”. São eles que trarão novas filosofias e novas religiões a este mundo. Poderão tornar-se gabarolas e vaidosos porque são muito maiores e porque não encaixam em nenhum dos três tipos anteriores.

As crianças destes quatro tipos acreditam nelas mesmas. Não têm medo. Assim, quando vocês lhes diz que eles estão a fazer algo incorreto, mas eles acham que não, dar-lhe-ão a entender que você não sabe o que está a dizer. Desta forma, sugere-se aos pais que estabeleçam limites, mas sem lhes dizerem: “Não façam isso!” Em vez disso, digam: Olha, porque não me explicas por que queres fazer isso? Sentemo-nos e conversemos sobre o assunto. O que te parece que pode acontecer se fizeres isso?” Quando a criança responder com o que ela pensa que poderá passar-se, pergunte: Está bem. E como julgas tu que vais “controlar a situação?” Então, você ouvirá a forma como eles pensam que podem enfrentar a situação. Você terá que deixar que o jovem Índigo faça o que pretende fazer; de outra forma não participará, irá retrair-se, a menos que se seja um Humanista, e não voltará a falar consigo acerca daquele assunto.

As Crianças Índigo devem ser tratadas como adultos desde a mais tenra idade. Jamais os impeça de falar. Se o fizer, eles irão cuspir as palavras na sua cara. Eles não respeitam as pessoas por causa do seu cabelo cinzento ou rugas; você terá que ganhar o respeito delas.

Os Índigos permitem-nos romper e acabar com sistemas de crenças e pensamentos da quase totalidade das religiões e em tudo o que estiver baseado no mando e no poder, assim eles estão estabelecendo uma substituição dos preceitos e códigos por uma nova energia baseada no amor, na aceitação e na paz. Eles rompem códigos sem imposição alguma, apenas por sua maneira de ser e formas de agir. Eles apresentam uma incomum de característica psicológica, um novo padrão de comportamento que bate de frente com os costumes tradicionais, o que faz com que cheguem a causar choque nos pais, na família, na escola e mesmo na sociedade.


CRIANÇAS CRISTAL.

Falamos do surgimento de crianças denominadas “Crianças Índigo” e agora falaremos de outro grupo constituído por crianças denominadas de “Crianças Cristal”. São consideradas forjadoras da civilização da Era de Aquários. A raça aquariana já está entre nós sob a forma de “Crianças Índigo”e já outra estirpe também está chegando, são as “Crianças Cristal”.
O que se tem ciência é que as Crianças Cristal chegaram entre nós principalmente a partir da década de 90. São chamadas de “cristal” por se apresentam com uma “aura” tendente ao cristalino.

Por volta das últimas décadas, espíritos bem elevados começaram e encarnar na Terra, como representantes do próximo passo na evolução humana. Podemos dizer que as Índigo são demolidores de sistemas, destruidoras de códigos superados. A “missão” das Cristal é complementar o trabalho começado pelos índigos. Os índigos destroem velhos sistemas e as cristais dão início aos sistemas que devem vigorar na Era de Aquário. Na verdade, para se construir novo sistemas é imperioso destruir o anterior. Coisa alguma pode ser feita sem que haja destruição de algo, num certo sentido o que há é um processo de transformação. Hipoteticamente algo que fosse feito a partir do nada, ainda assim seria preciso destruir esse nada original.


“As Crianças Cristal seguem as Índigo... A missão primária de uma Criança Cristal é ensinar as maneiras de vida multidimensional em harmonia, paz e amor. Suas maneiras de ser ensinarão como viver vidas emancipadas com o reconhecimento dos nossos plenos poderes. Seus exemplos de vida ajudar a nos ligar novamente com as Energias Divinas. Elas representam o caminho futuro da raça humana. E uma das dádivas mais mágicas delas para conosco é que elas são catalisadores para a nossa evolução: várias crianças e adultos Índigo estão fazendo a transição para o estado Cristal com a ajuda da elevação energética que essas crianças fornecem pela mera presença delas na Terra”.

São frequentemente bebês grandes e frequentemente têm cabeças que são proporcionalmente grandes para os seus corpos Tem olhos grandes e penetrantes e fitam as pessoas nos olhos por longos períodos. O que esses bebês estão fazendo é acessar os registros de alma do adulto e ler quem é ele. Esse é um comportamento perfeitamente normal para essas crianças e elas ficarão muito contentes se o adulto fizer o mesmo de volta. É a maneira cristal de se comunicar, olhar para a alma de outro ser e sentir quem é ele. Uma coisa que todos nós aprenderemos a fazer no futuro.

Emocionalmente, elas são geralmente bebês muito bons e calmos formando um laço intenso com a mãe. Essa é, geralmente, a primeira encarnação delas neste planeta e precisam da reafirmação e estabilidade que a presença física da mãe pode oferecer. São crianças extremamente amorosas e frequentemente procurarão ajudar e curar tanto humanos como animais em sofrimento. São crianças também extremamente sensíveis. Elas não só são capazes de ler o registro da alma de uma pessoa como também sentir todas as tensões e raivas não resolvidas que a pessoa carrega em seu subconsciente. É por isso que elas são tão sensíveis ao seu meio ambiente”i.

Embora a Criança Cristal ainda não se dê conta de suas habilidades elas podem mover-se facilmente entre as diferentes dimensões embora tenham corpos e funcionem
na realidade da terceira dimensão . Não estão nada limitadas ao mundo da terceira dimensão; elas estão essencialmente sintonizadas na sexta dimensão e trazem essa energia para o nosso planeta.

Diz Celso Nogueira: “As Crianças Cristal são primariamente reconhecidas pelas suas auras que são geralmente claras como cristal, mas também podem ter tons de dourado, azulíndigo ou púrpura, dependendo de sua afiliação de Raio. As Crianças Cristal nascem com acesso ao seu Eu Multidimensional e estão geralmente ancoradas na Sexta Dimensão com a habilidade de se abrirem para a Nona Dimensão, a completa Consciência do Cristo! Isso quando o planeta estiver pronto, provavelmente em torno do ano de 2012, quando a primeira geração de Crianças Cristal atingir os 12 anos de idade.”




Bibliografia.

As Crianças da Nova Civilização.
José Laércio do Egito
Novembro – 2008.

AS CRIANÇAS ÍNDIGO- Chegaram as Novas Crianças-
Autores:
Lee Carroll e Jan Tober